Um júri popular de
Nova York ordenou nesta segunda-feira (23) a Autoridade Nacinal Palestina (ANP) e a Organização de Libertação da Palestina (OLP) a pagar US$ 218 milhões em indenização às vítimas americanas de atentados cometidos em Israel entre 2001 e 2004.
Após um dia de deliberações, os jurados consideraram que a ANP e a OLP são culpadas de 25 acusações ligadas a seis atentados cometidos naquele período em Israel. Os atentados, que foram atribuídos aos grupos fundamentalistas islâmicos Brigadas dos Mártires de al-Aqsa e Hamas, deixaram 33 mortos e 390 feridos.
"Esta decisão constitui, antes de tudo, uma vitória moral para o Estado de Israel e para as vítimas do terrorismo", afirmou o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, após a sentença do júri.
A Autoridade Palestina anunciou que apelará da decisão e afirmou que as acusações "não têm nenhum fundamento. Além disso, o tribunal de Nova York ignora sentenças anteriores de outras cortes americanas". "Apelaremos e sabemos que ganharemos", afirmou, em um comunicado.
Onze famílias entraram com processo no tribunal federal contra a ANP e a OLP, em razão de atentados que levaram à morte de 33 pessoas e feriram mais de 390 cidadãos norte-americanos.
Os denunciantes tinham pressionado para que a ANP e a OLP fossem acusadas de apoiar os atentados realizados por integrantes dos dois movimentos. Algumas das pessoas acusadas pelos familiares das vítimas foram incluídas na lista de devedores individuais.
Mas os advogados de defesa da Autoridade Palestina sustentaram que a entidade não poderia ser responsabilizada por ataques "lunáticos e terríveis" cometidos em Israel, insistindo que as pessoas agiram por conta própria.