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PM Netanyahu com Obama presidente dos EUA na ONU, setembro 2011 (S.I.G.) |
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Onze minutos após a proclamação da independência de Israel, em 14 de maio de 1948, o presidente americano Harry S. Truman reconheceu o novo Estado. Esse ato marcou o início de um relacionamento baseado em valores comuns e caracterizado por profunda amizade e respeito mútuo. Ambos os países são democracias autênticas, cujos sistemas políticos e jurídicos estão firmemente apoiados nas tradições liberais. Ambos começaram como sociedades pioneiras, continuando até hoje a receber e integrar novos imigrantes. Algumas vezes os dois países "concordam em discordar" ajustando suas diferenças como amigos e aliados.
Ao mesmo tempo em que se iniciavam as relações diplomáticas e políticas entre Israel e os Estados Unidos, o país se juntou a outros países ocidentais, impondo um embargo à venda de armas ao Oriente Médio, acreditando que assim as tensões regionais seriam reduzidas significativamente. Depois de 1952, a administração de Eisenhower procurou apoio árabe para um pacto de segurança com o Oriente Médio, prenúncio de uma mudança radical da política de parcialidade do governo Truman em relação a Israel. As relações entre Washington e Jerusalém se estreitaram novamente ao final da década de 50, quando os americanos se decepcionaram com a política do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Durante o governo Kennedy, a política americana anterior de suprimento de armas mudou com a suspensão do embargo existente.
Desde o final do governo Johnson (final dos anos 60), a diplomacia americana tem como base o compromisso de assegurar o direito de Israel de existir dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, a serem alcançadas através de negociações diretas com seus vizinhos árabes. Considerando que o Estado de Israel forte é uma condição imprescindível para a consolidação da paz na região, os Estados Unidos comprometeram-se a manter a superioridade qualitativa de Israel sobre os exércitos árabes. Durante os governos Nixon e Carter, o governo americano ajudou na conclusão de acordos de paz entre Israel e Egito, e Israel e Síria (1973-74), dos Acordos de Camp David (1978) e do Tratado de Paz Egito–Israel (1979).
Durante a administração Reagan, as relações não apenas floresceram, como também receberam um conteúdo mais concreto e formal. Além dos compromissos anteriores, foram assinados memorandos de cooperação (1981 e 1988) que constituíram a base para a criação de vários órgãos consultivos e de planejamento conjuntos, que por sua vez geraram acordos práticos, tanto no campo militar como civil. Essas disposições de cooperação mútua foram posteriormente integradas em um memorando mais amplo (1988).
O governo Bush endossou a iniciativa de paz de Israel (1989) e patrocinou a Conferência de Paz de Madrid (1991), que levou à convocação de conversas de paz em Washington, D.C. O governo Clinton teve um papel fundamental no processo de paz do Oriente Médio, apoiando ativamente os acordos entre Israel e os palestinos, o Tratado de Paz entre Israel e a Jordânia, as negociações com a Síria e as iniciativas de cooperação regional, inclusive o fim do boicote árabe. Esforçando-se por manter a superioridade qualitativa de Israel, também se comprometeu a minimizar os riscos de segurança assumidos por Israel em sua busca pela paz.
O governo de George W. Bush adotou várias medidas importantes para apoiar Israel em sua guerra contra o terrorismo e Israel apoia a visão do presidente Bush para alcançar a paz entre Israel e os palestinos.
A contínua e profunda amizade entre Israel e os Estados Unidos tem sido explicada pelos vários governos americanos em termos que vão da preservação de Israel como "princípio básico" da política externa americana, enfatizando o "relacionamento especial" entre os dois Estados, à declaração do "compromisso americano" com Israel. No início dos anos 80, Israel era considerado um "patrimônio estratégico" pelos Estados Unidos, e foi definido (em 1987), de acordo com legislação aprovada no ano anterior, "um importante aliado não filiado à OTAN".
Ambos os partidos concordam com o apoio do Congresso a Israel. A aprovação da assistência militar anual, a ajuda ao processo de paz e à luta de Israel contra o terrorismo foram as marcas do comprometimento do congresso americano com a amizade entre Israel e os EUA; outra demonstração foi a aprovação da lei que reconhece Jerusalém como a capital unificada de Israel (1995), e o pedido de criação de uma embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. O "relacionamento especial" envolve questões econômicas, políticas, estratégicas e diplomáticas de interesse comum. Israel recebe atualmente aproximadamente US$ 2,6 bilhões anuais de ajuda econômica e para a segurança e o comércio bilateral foi ampliado pelo estabelecimento de uma área de Livre Comércio entre Israel e os Estados Unidos (1985).
Há um número cada vez maior de joint ventures patrocinadas por indústrias israelenses e americanas, e vários estados americanos têm realizado acordos "estaduais" com Israel, com atividades que vão desde a cultura à agricultura.
Os Estados Unidos normalmente apoiam Israel nos foros internacionais, impedindo tentativas, tanto na ONU quanto em órgãos associados, de fazer passar resoluções anti-israelenses. Os dois países cooperam na troca de informações militares e secretas, na guerra contra o terrorismo internacional e na campanha contra o tráfico de drogas com vantagens para ambos. A amizade entre os Estados Unidos e Israel é vista positivamente pela comunidade judaico-americana e por um vasto segmento da sociedade americana.
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