Com um mercado interno relativamente limitado, Israel só pode
impulsionar o seu crescimento expandindo as exportações. Muitos dos
recursos criativos do país têm sido dedicados ao desenvolvimento das
exportações industriais. Esses valores multiplicaram-se 3000 vezes (em
preços correntes) durante 56 anos - de US$ 13 milhões em 1950 a US$ 52
milhões em 1955; 1,4 bilhão em 1975, 5,6 bilhões em 1985, para US$ 30,8
bilhões em 2000, até US$ 34,6 bilhões em 2009.
Nos últimos anos, aproximadamente 85% de todas as importações,
totalizando US$ 47,3 bilhões em 2009, foram de matérias primas e
combustível. De todas as importações, 54% vieram da Europa, 17% das
Américas, 16% da Ásia e 13% de outros países.
Exportação e importação de mercadorias (exceto diamantes)
As regiões que mais importaram de Israel em 2009 foram a Europa
(48,3%), Ásia (21%) e os Estados Unidos (12%). No mesmo ano, 32% das
exportações de mercadorias de Israel, no valor de US$ 47,8 bilhões,
foram direccionados à Europa, 35% aos Estados Unidos, 20% à Ásia, e os
restantes 13% para outros países. Durante a maior parte da década de 90
as exportações industriais de Israel para os EUA excederam as suas
importações e desde 2000 se mantêm assim, excluindo-se a exportação de
diamantes.
A capacidade competitiva das exportações israelitas aumentou com a
adesão ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, em inglês),
através da instituição de uma zona de livre comércio para produtos
industriais com a Comunidade Europeia (1975) e para todos os produtos
com os Estados Unidos (1985). Dessa maneira, os produtos israelitas
podem entrar tanto na União Europeia (UE) quanto nos Estados Unidos
isentos de tarifas alfandegárias. Isso permite aos produtores do país o
acesso a um mercado 110 vezes maior do que o interno e atrai a Israel
investidores desejosos de exportar os seus produtos para a Europa sem
pagar impostos. Os investidores israelitas também formaram joint
ventures com empresas jordanas e egípcias em zonas industriais especiais
que permitem a exportação de produtos duty-free para os EUA e a UE.
Para ampliar ainda mais as possibilidades de sucesso, empresas locais
têm tentado identificar nichos de mercado do comércio internacional
onde se possam encaixar. O estabelecimento de joint ventures com
indústrias estrangeiras tem muitas vezes combinado as inovações locais, a
produção em larga escala e a penetração no mercado das empresas
estrangeiras. Foram realizados projetos conjuntos em áreas como
eletrónica, software, equipamento médico, impressão e processamento de
imagens gráficas. Muitos desses projetos conjuntos são auxiliados na
captação de capital para a formação de joint ventures através de
estruturas como as seis seguintes fundações binacionais de cooperação ao
desenvolvimento e pesquisa, apoiadas pelo respectivo governo: com os
EUA (BIRD); com o Canadá (CIIRDF); com Singapura (SIIRD); com a
Grã-Bretanha (BRITECH); com a Coreia (KORIL-RDF) e com a Austrália
(VISTECH).