O estabelecimento de relações diplomáticas plenas entre Israel e a Santa Sé (sob os termos do Acordo Fundamental
assinado em Jerusalém em dezembro de 1993) é uma etapa importantíssima
no processo histórico de mudanças na atitude da Igreja com relação ao
judaísmo e ao povo judeu, publicamente iniciado pela declaração
conhecida como Nostra Aetate, promulgada pelo Concílio Vaticano Segundo em 1965.
No Acordo Fundamental, Israel e a Santa Sé observaram a “natureza
única da relação entre a Igreja Católica e o povo judeu…” e se
comprometeram a “combater todas as formas de antissemitismo, racismo e
intolerância religiosa e promover o entendimento mútuo entre as nações, a
tolerância entre as comunidades e o respeito e a dignidade pela vida
humana”, e a “promover a resolução pacífica dos conflitos entre estados e
nações, eliminando a violência e o terror das relações internacionais”.
Outros compromissos tratam do regime de status quo que afeta os locais
sagrados do cristianismo, as questões referentes à liberdade religiosa, a
peregrinação à Terra Santa e outros assuntos.
Em novembro de 1997, foi assinado um acordo em Jerusalém definindo o
status da Igreja Católica em Israel e sua hierarquia sob as leis de
Israel. Esse é o primeiro reconhecimento formal da Igreja Católica por
qualquer governo na Terra Santa.
Em março de 2000, o papa João Paulo II veio a Israel em uma peregrinação pessoal aos locais sagrados,
reunindo-se com o presidente Ezer Weizman e o primeiro-ministro Ehud
Barak. Outros eventos incluíram reuniões com os rabinos-chefe e visitas a
Yad Vashem e ao Muro das Lamentações. A visita enfatizou o processo
contínuo de entendimento entre o judaísmo e a Igreja Católica.
O
Papa Bento XVI visitou Israel em maio de 2009
durante uma peregrinação à Terra Santa, marcando uma etapa importante
no desenvolvimento da relação entre o Vaticano e Israel. A visita serviu
para fortalecer o diálogo entre cristianismo, judaísmo e islamismo,
como parte do esforço para alcançar a paz na região.