O Yom Kippur acontece oito dias depois de Rosh Hashaná e é o dia da expiação, do julgamento divino. O Yom Kippur começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (entre setembro e outubro do calendário gregoriano) e termina até o pôr-do-sol do dia seguinte.
É o único dia de jejum determinado pela Bíblia e é um momento reservado para reflectir sobre as próprias más acções e meditar sobre as faltas cometidas.
Os judeus, neste dia, devem orar e pedirem perdão pelos pecados cometidos contra D’us; devem também corrigir as más acções realizadas contra os seus semelhantes. Um dos principais preceitos de Yom Kippur, mesmo para os judeus cujo modo de vida é secular, é um dia de intensa oração e um período de jejum que dura 25 horas.
Em Yom Kippur o país pára completamente durante essas 25 horas: todo o comércio e locais de diversão estão fechados, não há transmissões de rádio nem de televisão, não há transportes públicos e as ruas e estradas estão quase desertas de veículos. Não é permitido trabalhar ou usar sapatos ou outros objectos de couro, pois não se pode usar nenhum material para o qual é necessário matar um animal.
O Yom Kippur marca o fim de um processo chamado teshuvá (retorno ao bem, arrependimento). Durante o Yom Kippur, as orações devem ser voltadas ao pedido de perdão do homem para D'us com relação aos pecados e transgressões que cometeu. A Kippur, expiação do pecado, só acontece se pedimos, previamente, perdão a quem ofendemos e magoamos, se não D'us não poderá intervir. Por isso, costuma-se, nos dias anteriores ao Yom Kippur, pedir perdão para todos aqueles que ofendemos. Ao contrário do que muitos pensam, o jejum não faz parte do ritual do perdão, só tem a função de distanciar o homem das necessidades corporais e aproximá-lo das necessidades espirituais.