O presidente Abbas acaba de atacar, a partir deste pódio, a Declaração Balfour (de 1917)... porque ela reconheceu o direito do povo judeu a um lar nacional na Terra de Israel... Os palestinianos ainda se recusam em reconhecer esse direito... E isso continua a ser o verdadeiro cerne do conflito, a persistente recusa palestiniana em reconhecer o Estado Judeu em qualquer fronteira.
Este conflito não é sobre colonatos. Nunca foi. O conflito durou décadas antes de que existisse um colonato sequer... Este conflito prossegue porque, para os palestinianos, os verdadeiros colonatos dos quais eles se querem livrar são Haifa, Jaffa e Tel Aviv.
A questão dos colonatos é real e precisa ser resolvida em negociações sobre o status final. Mas este conflito nunca foi sobre colonatos ou sobre o estabelecimento de um Estado palestiniano. Sempre foi sobre a existência de um Estado judeu, um Estado judeu em quaisquer fronteiras.
Israel está pronto, eu estou pronto para negociar todos as questões do status final, mas uma coisa nunca vou negociar: O nosso direito ao único Estado Judeu. Se os palestinianos tivessem dito “sim” a um Estado Judeu em 1947, não haveria guerras, refugiados ou conflitos. E quando os palestinianos finalmente disserem “sim” a um Estado Judeu, poderemos acabar com este conflito de uma vez por todas.
Os palestinianos não estão apenas presos ao passado, os seus líderes estão a envenenar o futuro. Como podemos esperar que jovens palestinianos apoiem a paz quando os seus líderes envenenam as suas mentes contra a paz? Nós, em Israel, não fazemos isso. Educamos as nossas crianças para a paz.
Assim, peço ao presidente Abbas que faça uma escolha: pode continuar a alimentar o ódio, como fez hoje, ou pode finalmente confrontar o ódio e trabalhar comigo para estabelecer a paz entre os nossos dois povos.
Eu não desisti da paz. Mantenho-me comprometido com uma visão de paz baseada em dois Estados para dois povos. Acredito, como nunca antes, que as mudanças que ocorrem no mundo árabe, actualmente, oferecem uma oportunidade única para o avanço da paz.
Estou pronto para começar negociações para a alcançar (paz) hoje – não amanhã, não na próxima semana.
O presidente Abbas falou aqui, há uma hora. Não seria melhor que, ao invés de fazermos discursos um depois do outro, conversássemos um com o outro? Presidente Abbas, em vez de protestar contra Israel nas Nações Unidas, em Nova York, convido-o a discursar para o povo israelita no Knesset, em Jerusalém. E eu, com prazer, iria discursar no parlamento palestiniano, em Ramallah.
Louvo o presidente el-Sisi, do Egipto, pelos seus esforços para promover a paz e a estabilidade na nossa região. Israel acolhe o espírito da Iniciativa de Paz Árabe e aprova um diálogo com os Estados Árabes para promover uma paz mais ampla. Acredito que, para que essa paz mais ampla seja alcançada, os palestinianos precisam fazer parte dela.