PM Netanyahu nas Nações Unidas

Discurso do PM Netanyahu nas Nações Unidas

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    Netanyahu nas Nações Unidas Netanyahu nas Nações Unidas : Government Press Office
     
     

    ​«Israel tem um futuro brilhante na ONU. Sei que ouvir isso de mim deve certamente ser uma surpresa, porque ano após ano eu tenho subido a este mesmo pódio e criticado a ONU pelo seu obsessivo viés contra Israel. E a ONU mereceu cada palavra mordaz ... A ONU, que começou como uma força moral, tornou-se uma farsa moral.

    A mudança acontecerá neste plenário, porque os países em nosso redor, os governos estão a mudar rapidamente as suas atitudes quanto a Israel. Mais e mais nações vêem Israel como um parceiro potente – um parceiro na luta contra o terrorismo de hoje, um parceiro no desenvolvimento da tecnologia de amanhã... Ilustres delegados de tantas terras, tenho uma mensagem para vocês. Abaixem as suas armas. A guerra contra Israel na ONU acabou.

    Se a ONU gasta tanto tempo a condenar a única democracia liberal do Médio Oriente, tem muito menos tempo para lidar com guerras, doenças, pobreza, mudanças climáticas e todos os outros problemas sérios que assolam o planeta... Quanto mais cedo a obsessão da ONU com Israel acabar, melhor. Melhor para Israel, melhor para os nossos países, melhor para a própria ONU.»

    Leia aqui o discurso completo (em inglês)

     
  • Israel e o Mundo Árabe

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    ​A maior mudança de atitude em relação a Israel está a ocorrer noutro lugar. Está a ocorrer no mundo árabe... Muitos dos outros Estados da região reconhecem que Israel não é seu inimigo. Eles reconhecem que Israel é seu aliado. Os nossos inimigos em comum são o Irão e o Estado Islâmico (ISIS). Os nossos objectivos em comum são a segurança, a prosperidade e a paz. Eu acredito que, nos próximos anos, vamos trabalhar juntos para alcançar essas metas, trabalhar juntos abertamente.

     

    Enquanto Israel busca a paz com todos os seus vizinho, sabemos que a paz não tem um inimigo maior do que as forças do Islão militante. O rastro de sangue deste fanatismo corre através de todos os continentes representados aqui... O preço mais pesado tem sido pago por muçulmanos inocentes... A derrota do Islão militante será, então, uma vitória para toda a Humanidade, mas seria especialmente uma vitória para aqueles muitos muçulmanos que procuram uma vida sem medo, uma vida de paz, uma vida de esperança.
     
    Mas, para derrotar as forças do Islão militante, temos que lutar contra elas implacavelmente. Temos de lutar contra elas no mundo real. Temos que lutar contra elas no mundo virtual. Temos que desmantelar as suas redes, atrapalhar o seu financiamento, desacreditar a sua ideologia. Podemos derrotá-las e vamos derrotá-las. Esperança é mais forte do que ódio, liberdade é mais forte do que medo. Podemos fazer isso.
     
    Israel luta essa fatidica batalha contra as forças do Islão militante todos os dias. Nós mantemos as nossas fronteiras seguras contra o ISIS, evitamos o contrabando de armas que podem dar superioridade ao Hezbollah, no Líbano, frustramos ataques terroristas palestinianos na Judeia e na Samária (a Cisjordânia), e detemos ataques a mísseis da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas.
     
    Essa é a mesma organização terrorista, o Hamas que, cruelmente, incrivelmente se recusa a devolver três dos nossos cidadãos e os corpos de três dos nossos soldados mortos em combate... O Hamas quebra todas as regras humanitárias.
  • Os Palestinianos e o cerne do conflito

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    ​O presidente Abbas acaba de atacar, a partir deste pódio, a Declaração Balfour (de 1917)... porque ela reconheceu o direito do povo judeu a um lar nacional na Terra de Israel... Os palestinianos ainda se recusam em reconhecer esse direito... E isso continua a ser o verdadeiro cerne do conflito, a persistente recusa palestiniana em reconhecer o Estado Judeu em qualquer fronteira.

     

    Este conflito não é sobre colonatos. Nunca foi. O conflito durou décadas antes de que existisse um colonato sequer... Este conflito prossegue porque, para os palestinianos, os verdadeiros colonatos dos quais eles se querem livrar são Haifa, Jaffa e Tel Aviv.
     
    A questão dos colonatos é real e precisa ser resolvida em negociações sobre o status final. Mas este conflito nunca foi sobre colonatos ou sobre o estabelecimento de um Estado palestiniano. Sempre foi sobre a existência de um Estado judeu, um Estado judeu em quaisquer fronteiras.
     
    Israel está pronto, eu estou pronto para negociar todos as questões do status final, mas uma coisa nunca vou negociar: O nosso direito ao único Estado Judeu. Se os palestinianos tivessem dito “sim” a um Estado Judeu em 1947, não haveria guerras, refugiados ou conflitos. E quando os palestinianos finalmente disserem “sim” a um Estado Judeu, poderemos acabar com este conflito de uma vez por todas.
     
    Os palestinianos não estão apenas presos ao passado, os seus líderes estão a envenenar o futuro. Como podemos esperar que jovens palestinianos apoiem a paz quando os seus líderes envenenam as suas mentes contra a paz? Nós, em Israel, não fazemos isso. Educamos as nossas crianças para a paz.
     
    Assim, peço ao presidente Abbas que faça uma escolha: pode continuar a alimentar o ódio, como fez hoje, ou pode finalmente confrontar o ódio e trabalhar comigo para estabelecer a paz entre os nossos dois povos.
     
    Eu não desisti da paz. Mantenho-me comprometido com uma visão de paz baseada em dois Estados para dois povos. Acredito, como nunca antes, que as mudanças que ocorrem no mundo árabe, actualmente, oferecem uma oportunidade única para o avanço da paz.
    Estou pronto para começar negociações para a alcançar (paz) hoje – não amanhã, não na próxima semana.
     
    O presidente Abbas falou aqui, há uma hora. Não seria melhor que, ao invés de fazermos discursos um depois do outro, conversássemos um com o outro? Presidente Abbas, em vez de protestar contra Israel nas Nações Unidas, em Nova York, convido-o a discursar para o povo israelita no Knesset, em Jerusalém. E eu, com prazer, iria discursar no parlamento palestiniano, em Ramallah.
     
    Louvo o presidente el-Sisi, do Egipto, pelos seus esforços para promover a paz e a estabilidade na nossa região. Israel acolhe o espírito da Iniciativa de Paz Árabe e aprova um diálogo com os Estados Árabes para promover uma paz mais ampla. Acredito que, para que essa paz mais ampla seja alcançada, os palestinianos precisam fazer parte dela.
  • A ameaça representada pelo Irão

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    ​A maior ameaça ao meu país, à nossa região e, ultimamente, ao nosso mundo, continua a ser o regime islâmico militante do Irão. O Irão procura abertamente a aniquilação de Israel. Ameaça países por todo o Médio Oriente, patrocina o terrorismo por todo o mundo. Este ano, o Irão fez o lançamentos de mísseis balísticos, num directo desacato às resuluções do Conselho de Segurança.
     
    O Irão expandiu as suas agressões ao Iraque, Síria, e Iémen. O Irão, o maior patrocinador de terrorismo, continuou a construir a sua rede de terrorismo global. Essa rede de terrorismo alcança agora cinco continentes.
     
  • O futuro: Israel quer ser vosso parceiro

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    O futuro pertence àqueles que inovam e é por isso que o futuro pertence a países como Israel. Israel quer ser o vosso parceiro para alcançar esse futuro, portanto eu apelo a todos vós: cooperem com Israel, aceitem Israel, sonhem juntamente com Israel. Sonhem com um futuro que possamos construir juntos, um futuro de progresso incrível, um futuro de segurança, prosperidade e paz, um futuro de esperança para toda a Humanidade, um futuro no qual até mesmo na ONU, até neste plenário, Israel irá finalmente, inevitavelmente, tomar o seu lugar entre as nações.