Um caixão com 3.300 anos de idade, contendo os pertences pessoais de um Cananeu rico e um anel de sinete de ouro com o nome do faraó egípcio Seti I estavam entre as raras descobertas.
O túmulo fica no Vale de Jezreel, uma região de Israel rica em história e artefatos. Á sua volta foram encontrados vestígios de recipientes de alimentos, ossos de animais e talheres, de acordo com informação da Autoridade de Antiguidades de Israel. De acordo com os costumes, estes itens eram usados como oferendas aos deuses e também como forma de ajudar os mortos na vida após a morte.
Um caixão de barro com a tampa esculpida para parecer uma pessoa continha um esqueleto de um adulto, e ao seu lado peças marteladas de bronze, assim como um punhal e uma taça de bronze. "Como os objectos foram produzidos localmento, presumimos que a pessoa fosse um oficial de origem Cananeia, que estava ao serviço do governo Egípcio". Outra possibilidade é a de o caixão pertencer a um indivíduo rico e cujos costumes funerários egípcios foram imitados.
Os arqueólogos descobriram também quatro outras sepulturas com dois homens e duas mulheres que poderiam ser da mesma família da do homem do caixão de barro. O caixão em forma de homem era do estilo egípcio, comum nas elites mais abastadas da época. Ao lado do esqueleto, os arqueólogos encontraram um selo com um escaravelho ligado a um anel, que teria sido usado para carimbar documentos e que tinha também o símbolo da cobra e o nome de Seti I, que estabeleceu o poder egípcio em Canãa e que governou entre 1290 e 1279 a.C.
Os artefatos foram descobertos durante escavações pela Autoridade de Antiguidades de Israel perto de Tel Shadud, antes da instalação de um gasoduto de gás natural para Ramat Gavriel.