Ariel ('Arik') Sharon nasceu em 1928 em Kfar Malal. Serviu no IDF (Israel Defense Forces) por mais de 25 anos, reformando-se com a patente de Major-General. Licenciou-se em Direito pela Universidade Hebraica de Jerusalém (1962).
Sharon ingressou no Haganah com a idade de 14 anos. Durante a Guerra da Independência de 1948, comandou uma companhia de infantaria na Alexandroni Brigade . Em 1953, fundou e liderou a "101", unidade de comando especial que realizou operações de retaliação. Sharon foi nomeado comandante de uma brigada de páraquedistas em 1956 e lutou na Campanha do Sinai. Em 1957 participou no Camberley Staff College na Grã-Bretanha.
Durante 1958-1962, Sharon serviu como Comandante da Brigada de Infantaria e, em seguida, como Comandante da Escola de Infantaria. Foi nomeado Chefe do IDF do Comando do Norte em 1964 e Chefe da Formação do Exército em 1966. Participou em 1967 na Guerra dos Seis Dias, como Comandante de uma divisão blindada. Em 1969 foi nomeado Chefe do Comando Sul do IDF.
Sharon demitiu-se do exército em 1973, mas foi reconvocado para o serviço militar activo em Outubro de 1973 na Guerra do Yom Kippur para comandar uma divisão blindada. Liderou a travessia do Canal de Suez, que trouxe a vitória na guerra e eventual paz com o Egipto.
Ariel Sharon foi eleito para o Knesset em Dezembro de 1973, mas demitiu-se um ano depois, servindo como conselheiro de segurança do Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin (1975-1976).
Foi novamente eleito para o Knesset em 1977. Nomeado Ministro da Agricultura no primeiro governo de Menachem Begin (1977-1981), prosseguiu a cooperação agrícola com o Egipto.
Em 1981, Ariel Sharon foi nomeado Ministro da Defesa, servindo neste cargo durante a Guerra do Líbano, o que provocou a destruição da infra-estrutura terrorista da OLP no Líbano. No domínio das relações internacionais, foi fundamental na renovação das relações diplomáticas com os países africanos que haviam rompido os laços com Israel durante a Guerra do Yom Kippur.
Em Novembro de 1981, trouxe o primeiro acordo de cooperação estratégica com os EUA e ampliou os laços de defesa entre Israel e muitas nações. Também ajudou a trazer para Israel milhares de judeus da Etiópia através do Sudão.
De 1983-1984, Sharon serviu como Ministro sem pasta, e entre 1984 e 1990 como Ministro do Comércio e Indústria. Nesta capacidade, concluiu o Acordo de Livre Comércio com os EUA em 1985.
De 1990-1992, foi Ministro da Construção e Habitação e Presidente do Comité Ministerial sobre a Imigração e Absorção. Após a queda da União Soviética e as ondas de imigração vindas da Rússia, iniciou e realizou um programa para absorver os imigrantes em todo o país, incluindo a construção de 144 mil apartamentos.
De 1992-1996, foi membro da Comissão de Defesa e Negócios Estrangeiros do Knesset. Em 1996, Ariel Sharon foi nomeado Ministro da Infra-estrutura Nacional e esteve envolvido na promoção de joint-ventures com a Jordânia, o Egipto e com os Palestinianos. Foi ainda presidente do Comité Ministerial para a inserção dos Beduínos.
Em 1998, Ariel Sharon foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros e liderou as negociações sobre o estatuto permanente com a Autoridade Palestiniana.
Enquanto servia como Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sharon reuniu-se com os EUA, com Europa, Palestina e com líderes Árabes para fazer avançar o processo de paz. Trabalhou principalmente para criar e desenvolver projectos, tais como o Projecto Flagship Water financiado pela comunidade internacional para encontrar uma solução de longo prazo para a crise de água da região e uma base para as relações pacíficas entre Israel, Jordânia, Palestinianos e outros países do Médio Oriente.
Após a eleição de Ehud Barak como Primeiro-Ministro, em Maio de 1999, Ariel Sharon foi chamado para se tornar líder interino do partido Likud e em Setembro de 1999 foi eleito presidente do Likud. Serviu como membro da Comissão de Negócios Estrangeiros e Defesa.
A 6 de Fevereiro de 2001, Ariel Sharon foi eleito Primeiro-Ministro. Apresentou o seu governo ao Knesset (Parlamento Israelita) a 7 de Março de 2001. Depois de convocar eleições antecipadas para o 16.º governo, que foram realizadas a 28 de Janeiro de 2003, Ariel Sharon foi chamado pelo presidente com a tarefa de formar um novo governo, o qual foi apresentado a 27 de Fevereiro de 2003.
Uma declaração política emitida pelo governo de Israel, após a eleição de Ariel Sharon como Primeiro-Ministro em Fevereiro de 2001, reafirmou a determinação do governo para alcançar a paz com os seus vizinhos Palestinianos.
Em Maio de 2003 o seu governo aceitou o mapa dos EUA do caminho para a paz para uma solução para o conflito Israel-Palestina. Em Junho de 2004 o Governo aprovou o plano de retirada da Faixa de Gaza e do norte da Samaria, que foi implementado no ano seguinte, a fim de criar a oportunidade para a paz.
A 4 de Janeiro de 2006, após a formação de um novo partido, o Kadima, em antecipação das eleições para o 17º governo do Knesset, o Primeiro-Ministro Ariel Sharon sofre uma hemorragia cerebral e Ehud Olmert é designado Primeiro-Ministro em exercício.
O ex-Primeiro-Ministro Ariel Sharon nunca recuperou a consciência e morreu oito anos depois, a 11 de Janeiro de 2014.
Era viúvo e deixa dois filhos, Omri e Gilad.