Por ocasião do 25.º aniversário do assassinato de Yitzhak Rabin, no dia 4 de Novembro, a Embaixada de Israel e a Junta de Freguesia do Lumiar evocaram a memória do estadista, prémio Nobel da Paz e construtor do processo de paz assente nos Acordos de Oslo, na rua de Lisboa que lhe presta homenagem e perpetua o seu legado.
Numa cerimónia eminentemente simbólica, e restrita devido às limitações em vigor, o Embaixador do Estado de Israel em Portugal, Raphael Gamzou, e o Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, o Deputado Pedro Delgado Alves, depositaram duas coroas de flores junto da placa toponímica da Rua Isaac Rabin, ao som dos hinos nacionais dos dois países, recordando a mensagem e a obra de paz, de reconciliação e de construção de um futuro comum, prematuramente interrompida pelo seu assassinato em Tel Aviv.
Num sábado à noite, a 4 de Novembro de 1995, no final de um gigantesco comício pela paz, na Praça dos Reis de Israel, a principal praça de Tel Aviv – hoje Praça Yitzhak Rabin -, onde centenas de milhares de israelitas se juntaram para apoiar os esforços para a paz liderados por Yitzhak Rabin como Primeiro-Ministro e Shimon Peres como Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Perante a dificuldade de sumarizar uma vida como a de Rabin queremos, ainda assim, deixar a quem nos lê alguns dos marcos que constituem o seu imenso legado: Durante a Guerra que deu a Independência a Israel, entre 1948-49 comandou a brigada Harel que libertou Jerusalém, salvando-a do cerco e, aos cidadãos, da fome. Durante a Guerra que deu a Independência a Israel, entre 1948-49 comandou a brigada Harel que libertou Jerusalém, salvando-a do cerco e, aos cidadãos, da fome.
Entre 1964 e 68, enquanto Chefe de Estado-Maior do Exército israelita, foi um dos principais responsáveis por levar o jovem Estado à vitória face aos vizinhos árabes na Guerra dos 6 Dias, em 1967. Despido o uniforme militar torna-se Embaixador nos Estados Unidos (1968-73), sendo eleito deputado pelo partido Trabalhista, no Knesset, aquando do seu regresso a Israel. Ministro do Trabalho com Golda Meir, quando o governo desta cai, em 1974, Rabin é eleito Primeiro-Ministro vindo a demitir-se em 77.
Sempre presente para o seu país seria membro dos governos de unidade nacional, onde desempenhou funções como Ministro da Defesa até que, em 92 foi eleito líder do seu partido, o que o conduziria à vitória nas legislativas e, novamente, ao cargo de Primeiro-Ministro. Foi dele o papel principal nos Acordos de Oslo, bem como no tratado de paz com a Jordânia, em 1994.
Foi precisamente neste ano que foi galardoado com o Nobel da Paz, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Shimon Peres e com Arafat. Viria a ser assassinado por um extremista israelita que se opunha às negociações de paz com os palestinianos.
Um soldado no terreno e um guerreiro pela Paz que nunca será esquecido pelos amantes desta. Em Israel, em Portugal, no mundo.