O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, nesta segunda-feira, 5 de março.
Confira as observações de Netanyahu durante o encontro:
Seguem-se as declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu durante encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca ocorrido hoje (segunda-feira, 5 de março de 2018):
"Obrigado. Senhor Presidente, Donald, e Melania. Sara e eu queremos agradecer sua extraordinária amizade e hospitalidade. Sempre é um prazer ver vocês dois.
“Esta é a primeira vez que visitamos Washington, a capital da América, depois de sua declaração de Jerusalém como a capital de Israel. Foi uma proclamação histórica, seguida da sua ousada decisão de transferir a embaixada até nosso próximo Dia da Independência.
“Quero dizer-lhe que o povo judeu tem uma longa memóra. Lembremos da proclamação do grande rei persa Ciro, o Grande, há 2.500 anos. Ele proclamou que os exilados judeus na Babilônia poderiam voltar e reconstruir nosso Templo, em Jerusalém.
“Nos lembramos, há cem anos, de Lord Balfour, que emitiu a Declaração Balfour, que reconheceu os direitos do Povo Judeu em nossa pátria ancestral.
“Recordamos, 70 anos atrás, o presidente Harry S. Truman, que foi o primeiro líder a reconhecer o Estado Judeu.
“E lembramos como há algumas semanas, o presidente Donald J. Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. Senhor Presidente, isso será lembrado pelo nosso povo ao longo dos tempos.
“E, como você acabou de dizer, outros falaram sobre isso; mas você realizou isso. Então, eu quero agradecer-lhe em nome do povo de Israel e também aguardo com expectativa as nossas discussões sobre desafios e oportunidades.
“Se eu tivesse que dizer qual é o nosso maior desafio no Oriente Médio para os nossos países e para os nossos vizinhos árabes, resumiria em uma palavra: o Irã. O Irã não abandonou suas ambições nucleares. Saiu deste acordo nuclear encorajado, enriquecido. Está praticando agressões em todos os lugares, inclusive em nossas próprias fronteiras. E acho que temos que parar esse país que canta: ‘Morte a Israel, morte à América’. O Irã deve ser parado. Esse é o nosso desafio comum.
“O segundo é buscar explorar, por causa desse desafio, uma oportunidade para a paz, porque os árabes nunca estiveram tão próximos de Israel; Israel nunca esteve tão próximo dos Estados árabes. E buscamos também ampliar essa paz aos palestinos.
“Então, aguardo com expectativa essas discussões, mas quero apenas reiterar o que você acabou de dizer: Sr. Presidente, tenho vindo aqui por quase quatro décadas, falando, procurando construir a aliança entre os Estados Unidos e Israel. Sob sua liderança, ela nunca foi mais forte.
“E o Povo de Israel vê sua posição em Jerusalém. Vê sua posição quanto ao Irã. Eles vêem sua magnífica defesa de Israel e da verdade nas Nações Unidas. E eu, como primeiro-ministro, vejo algo que você vê como presidente, mas outros não podem ver. É a extensão da nossa inteligência e outra cooperação em questões vitais para a segurança de ambos os nossos povos.
“E, senhor presidente, eu só quero dizer: Obrigado pela sua liderança e obrigado por sua tremenda amizade".