A Bienal de Arquitetura de São Paulo, responsabilidade há 40 anos do IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, chega à sua décima edição sob o tema Cidade: modos de fazer, modos de usar e, desta vez, se instala em locais francamente urbanos, espalhados em rede pela cidade. Refletindo sobre a cidade contemporânea, a Bienal incorpora a questão urbana na sua própria estrutura espacial. Assim, ao mesmo tempo em que visita a exposição em diversos espaços culturais, o público tem a experiência viva da cidade de São Paulo.
A escolha dos locais que compõem a rede seguiu dois critérios básicos: a qualidade dos espaços, na relação entre arquitetura e uso, e a sua acessibilidade por meio da articulação ao sistema de transporte de massas da cidade. Assim, será possível visitar toda a exposição a partir um sistema multimodal que tem o metrô como espinha dorsal.
O Consulado de Israel está participando e apoiando esta edição da Bienal de Arquitetura.
A rede
A rede principal de espaços expositivos é composta pelos seguintes pontos: Centro Cultural São Paulo, SESC Pompeia, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Casa Brasileira, Centro Universitário Maria Antônia (CEUMA), Praça Victor Civita, Associação Parque Minhocão e Projeto Encontros – estação Metrô Paraíso.
A rede expandida inclui Casa de Francisca, Casa do Povo, Cemitério do Araçá, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Teatro Oficina, Galeria Choque Cultural, Instituto P.M. e Lina Bardi e Teatro Oficina.
Programação
PRAÇA VICTOR CIVITA – PAISAGENS DE ÁGUA E INFRAESTRUTURA
Cidades no deserto – Israel
Israel tem sessenta por cento de sua área coberta por um deserto, o Negev. A ocupação desta parte árida é um ponto importante na história do jovem país, sobretudo para equilibrar a alta densidade populacional da sua parte não desertificada, o norte do país, entre Tel Aviv e Jerusalém.
A exposição procurará mostrar o processo de fundação de cidades em meio ao deserto. Utilizando-se do acervo fotográfico da Ong israelense KKL, uma série de painéis contará a história de diferentes cidades construídas ou em projeto dentro do Negev. O abastecimento de água a regiões longínquas, as redes agrícolas e florestamento feitas para preparar a chegada de colonos e o desenho dos assentamentos cercados por parques urbanos são aspectos que revela o elo entre planejamento territorial e modos de se fazer a vida cotidiana viável em meio a um ambiente hostil.