O Ministro de Proteção Ambiental de Israel, Gilad Erdan, discursou nesta quinta-feira (21), no Plenário da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Erdan iniciou seu discurso agradecendo ao Governo Brasileiro por “sediar uma das maiores e mais importantes conferências na história das Nações Unidas”. Ele afirmou que os líderes estão “aqui para fazer história, mudando rumo a um novo paradigma econômico e alcançando o desenvolvimento sustentável”. Ao citar o tema crescimento econômico, que “é uma prioridade para todas as nações”, disse que todos vieram ao Rio de Janeiro para “afirmar que o crescimento econômico baseado em atividades prejudiciais ao meio ambiente e desigualdade social não é mais uma opção”.
Ministro de Proteção Ambiental de Israel, Gilad Erdan, na Rio20 - Foto de Daniel Geller
Durante sua fala, Gilad Erdan lembrou que o Estado de Israel quer continuar compartilhando suas experiências com o mundo. O país, escasso em recursos naturais, desenvolveu tecnologias de ponta que sempre foram cruciais para o desenvolvimento e progresso. “Hoje, as nossas inovações tecnológicas nos posicionaram como líderes mundiais na superação dos desafios da escassez de recursos”, disse.
Erdan também citou o a produção agrícola de Israel, que aumentou cinco vezes desde sua criação, ao mesmo tempo em que reduziu em 50% a alocação de água doce para a agricultura. Também mencionou a eficiência da tecnologia de irrigação reconhecida em todo o mundo, a recuperação de cerca de 80% do esgoto para utilização na agricultura, o desenvolvimento de tecnologias de dessalinização da água do mar e o histórico notável de Israel em energia sustentável. “E não nos poupou esforços para compartilhar nossa experiência única com os países desenvolvidos e em desenvolvimento”, completou, lembrando a Cooperação de Israel com o mundo ao citar o MASHAV, a Agência de Cooperação Internacional de Israel, que há mais de 50 anos tem dirigido suas atividades nas áreas em que o paí tem vantagens comparativas, incluindo a redução da pobreza, segurança alimentar, gestão de recursos hídr! icos, arborização e muito mais.
Foto de Daniel Geller
O ministro também mencionou a politização da Conferência pelo representante palestino durante seu discurso feito no mesmo dia. "Eu esperava que sua mensagem não fosse politizada", afirmou. "O acordo israelense-palestino afirma claramente que ambas as partes reconhecem a necessidade de desenvolver mais água para usos diversos. (...) Israel está implementando muito mais de sua parte do acordo, fornecendo aos palestinos 60% de água a mais do que o determinado", disse, lembrando que "Israel continua a fornecer 5 milhões de metros cúbicos de água anualmente para a Faixa de Gaza, mesmo recebendo em troca os ataques de foguete".
"Estou aqui para dizer aos nossos vizinhos: vamos aproveitar a oportunidade para enfrentar os desafios comuns de desenvolvimento e procurar superá-los, juntos, independentemente das nossas diferenças. Gostaria de chamar os nossos vizinhos palestinos finalmente a implementar os 28 projetos de melhorias do sistema de água acordados. Eu concordo com uma coisa do discurso do ministro palestino, que é a necessidade de se visitar Israel e a nossa região, para que vejam que o que ele apresentou como fato está totalmente desconectado da realidade", disse o ministro.
Gilad Erdan fechou seu discurso afirmando que a Conferência não marca o fim de um processo, mas o início de outro, e finalizou: "Nosso trabalho começa agora. (...) Como diz o velho ditado: Nós não herdamos a terra de nossos ancestrais, nós a pegamos emprestada de nossos filhos. Nossas crianças estão contando conosco".
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Embaixada de Israel
Assessoria de Imprensa