No dia 22 de Janeiro de 2013 os cidadãos de Israel irão às urnas para determinar a composição do 19º Knesset (Parlamento) e do governo a ser estabelecido. De acordo com a legislação eleitoral israelense, o mandato político é valido por quatro anos, embora o primeiro ministro possa ordenar que as eleições aconteçam mais cedo, como foi o caso desta vez. Caso seguisse o curso normal, as eleições ocorreriam apenas em outubro de 2013.
Israel é uma democracia parlamentar com poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. O presidente Shimon Perez é o chefe de estado, e o primeiro-ministro Benyamin Natayahu chefia o governo.
O Knesset é composto por 120 membros, representando proporcionalmente o número de votos que os partidos políticos receberam. Seus membros representam a vibrante, multiétnica e religiosa população israelense. O parlamento israelense hoje é composto por membros das comunidades ultra-ortodoxa, muçulmana, árabe, imigrantes como etiopês e russos, judeus, mulheres, cristãos, drusos, entre outros.
Os membros são eleitos a cada quatro anos, mas o Knesset pode, por decisão majoritária, se dissolver mais cedo por várias razões, como por exemplo, em caso do Parlamento não aprovar o orçamento dentro de três meses após o início do exercício. Pode também continuar por um período superior a quatro anos em circunstâncias especiais como em 1973, quando as eleições para o 8º Knesset foram adiadas por dois meses, devido à guerra do Yom Kippur.
O primeiro-ministro é escolhido entre os membros do Knesset. O presidente do Estado, tendo em vista os resultados das eleições do Knesset, atribui a tarefa de formar um novo governo ao membro do Knesset que tenha melhor chances de formar um governo de coalizão viável. Este membro é geralmente o líder do partido com a maior representatividade no Parlamento ou o chefe do partido que lidera uma coalizão de mais de 60 membros.
Quando um governo é formado, o primeiro-ministro o apresenta ao Knesset em 45 dias após a publicação dos resultados das eleições no Diário Oficial. Neste momento, ele anuncia a sua composição, as diretrizes básicas de sua política e a distribuição de funções entre os ministros.
O primeiro-ministro, em seguida, pede ao Knesset uma expressão de confiança. O governo é instalado quando o Parlamento, por maioria de 61 membros, expressa essa confiança. Em seguida, os novos ministros assumem seus cargos.
As eleições de Israel refletem a forte tradição democrática do Estado Judeu. As campanhas eleitorais são uma festa, acompanhadas por debates. Os israelenses têm grande interesse em assuntos políticos, incluindo a política interna e externa, e participam ativamente do processo eleitoral. O método de votação israelense é fácil, mesmo para os eleitores que têm conhecimento limitado de hebraico e árabe. Votar é um direito concedido a todo o cidadão israelense com idade de 18 anos ou mais, no dia da eleição.
O dia das eleições é um feriado, a fim de permitir que todos os potenciais eleitores possam participar. O transporte público é gratuito para os eleitores que por acaso estiverem fora dos seus distritos eleitorais neste dia.
Hoje, há 34 partidos políticos em Israel que concorrem às eleições. O pleito para o Knesset é baseado em um voto para um partido, e não para os indivíduos. Israelenses de todas as etnias e crenças religiosas, incluindo os árabe-israelenses, participam ativamente do processo.