Discurso do Embaixador Ron Prosor na ONU

Discurso do Embaixador Ron Prosor na ONU

  •   Discurso do Embaixador Ron Prosor na ONU
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    Sr. Presidente,
    Hoje, estou aqui orgulhoso por representar o único estado judeu do mundo. Um estado construído na terra natal do povo judeu antigo, e sua eterna capital, Jerusalém, o coração desta nação. 
     
    Somos uma nação com raízes profundas no passado e brilhantes esperanças para o futuro. Somos uma nação que valoriza o idealismo, mas age com pragmatismo. Israel é uma nação que nunca hesita em se defender, mas sempre irá estender a sua mão para a paz.
     
    A paz é o principal valor da sociedade israelense. A Bíblia nos chama:"Busque e persevere a paz."
     
    A  paz preenche a nossa arte e poesia. É ensinada em nossas escolas. É o objetivo do povo de Israel e de todos os líderes israelense desde que o Estado de Israel foi re-estabelecido, há 64 anos.
     
    A Declaração de Independência de Israel afirma: "Nós estendemos nossa mão a todos os estados vizinhos e seus cidadãos, numa oferta de paz e boa vizinhança, e apelamos que eles estabeleçam laços de cooperação e ajuda mútua..."
     
    Esta semana foi o aniversário de 35 anos da visita histórica do presidente Anwar Sadat a Jerusalém. Em um discurso histórico antes daquela visita, o presidente Sadat ficou famoso no Parlamento egípcio, no Cairo, ao afirmar que iria "até os confins da terra" para fazer a paz com Israel.
     
    O primeiro-ministro de Israel na época, Menachem Begin, saudou o presidente Sadat em sua chegada a Israel, e abriu o caminho para a paz. Esta manhã, o primeiro-ministro Netanyahu esteve no Centro Menachem Begin e falou sobre a resolução que será votada hoje na ONU:
    "Israel está preparado para viver em paz com um estado Palestino, mas para a paz durar, a segurança de Israel deve ser protegida. Os palestinos devem reconhecer o Estado Judeu e eles devem estar preparados para encerrar o conflito com Israel de uma vez por todas”.
     
    Nenhum desses interesses vitais, interesses vitais da paz, aparece na resolução que será apresentada na Assembleia Geral e é por isso que Israel não pode aceitá-la. A única maneira de alcançar a paz é por meio de acordos que são alcançados pelas partes, e não através de resoluções da ONU, que ignoram completamente os interesses vitais de segurança e nacionais de Israel. E por ser tão unilateral, esta resolução não avança o processo de paz, mas empurra-o para trás.
     
    Quanto aos direitos dos judeus na região, eu tenho uma mensagem simples para essas pessoas reunidas na Assembleia Geral: Nenhuma decisão da ONU pode quebrar o vínculo de 4000 anos entre o povo de Israel e sua terra.

    Sr. Presidente,
    O povo de Israel espera por um líder palestino que esteja disposto a seguir o caminho do presidente Sadat. O mundo espera que o presidente Abbas fale a verdade, fale que a paz só pode ser alcançada através de negociações, do reconhecimento de Israel como um Estado Judeu. O mundo espera que ele diga que a paz deve também atender às necessidades de segurança de Israel e acabar com o conflito de uma vez por todas.
     
     Enquanto o presidente Abbas preferir o simbolismo ao invés da realidade, enquanto ele preferir viajar a Nova York para solicitar resoluções da ONU, em vez de viajar a Jerusalém para um diálogo genuíno, qualquer esperança de paz estará fora de alcance.

    Sr. Presidente,
    Israel sempre estendeu e sempre extenderá a sua mão para a paz. Quando encontramos um líder árabe que desejava a paz, nós fizemos a paz. Esse foi o caso com o Egito. Esse foi o caso com a Jordânia.
     
    Nós sempre temos procurado a paz com os palestinos. MassSempre encontramos rejeição das nossas ofertas, negação dos nossos direitos e terrorismo alvejando os nossos cidadãos.
     
    Presidente Abbas descreveu sessão na ONU como "histórico". Mas a única coisa sobre o discurso histórico é o quanto ele ignorou a história.
     
    A verdade é que há 65 anos as Nações Unidas votaram a partilha do Mandato Britânico em dois Estados: um Estado judeu e um Estado árabe. Dois Estados para dois povos.
    Israel aceitou esse plano. Os palestinos e os países árabes em torno de nós o rejeitou e lançou uma guerra de aniquilação para lançar os "judeus ao mar".
     
    A verdade é que a partir de 1948 até 1967, a Cisjordânia foi governada pela Jordânia, e a Faixa de Gaza foi governada pelo Egito. Os países árabes não levantaram um dedo para criar um Estado palestino. Em vez disso, procurou a destruição de Israel, e juntou-se recentemente a novas organizações terroristas palestinas.
     
    A verdade é que, em Camp David, em 2000, e novamente em Annapolis, em 2008, os líderes israelenses fizeram ofertas de longo alcance para a paz. Essas ofertas foram respondidas com rejeição, evasão, e até mesmo com o terrorismo.
     
    A verdade é que, para promover a paz, em 2005, Israel desmantelou comunidades inteiras e arrancaram milhares de pessoas de suas casas na Faixa de Gaza. E ao invés de usar esta oportunidade para construir um futuro de paz, os palestinos transformaram Gaza em uma base terrorista iraniana, da qual milhares de foguetes foram disparados contra cidades israelenses.
     
    Vez após vez, a liderança palestina recusou-se a aceitar a responsabilidade. Eles se recusaram a tomar decisões difíceis para a paz.
    Israel continua comprometido com a paz, mas não vamos estabelecer outra base de terror iraniana no coração de nosso país.
     
    Nós precisamos de uma paz que irá garantir um futuro seguro para Israel.
    Três meses atrás, o primeiro-ministro de Israel levantou-se neste mesmo salão e estendeu sua mão em paz ao presidente Abbas. Ele reiterou que seu objetivo era criar uma solução de dois Estados para dois povos, onde um Estado palestino desmilitarizado vai reconhecer Israel como um Estado judeu.
     
    Isso mesmo. Dois Estados para dois povos.
    Na verdade, presidente Abbas, eu não ouvi você usar a frase "dois Estados para dois povos" esta tarde. Na verdade, eu nunca ouvi você dizer a frase "dois Estados para dois povos". Porque a liderança palestina nunca reconheceu que Israel é o Estado-nação do povo judeu.
     
    Eles nunca estiveram dispostos a aceitar o que foi reconhecido há 65 anos. Israel é o Estado judeu.
    Na verdade, hoje você pediu ao mundo para reconhecer um Estado palestino, mas você ainda se recusa a reconhecer o Estado judeu.
     
    Não só você não reconhece o Estado judeu, como também está tentando apagar a história judaica. Este ano, você ainda tentou apagar a conexão entre o povo judeu e Jerusalém. Você disse que os judeus estavam tentando alterar o caráter histórico de Jerusalém. Você disse que nós estamos tentando "judaizar Jerusalém".
     
    Presidente Abbas, a verdade é que Jerusalém tinha um caráter judaico muito antes da maioria das cidades do mundo ter qualquer caráter! Três mil anos atrás o Rei Davi governou Jerusalém e os judeus viveram em Jerusalém desde então.
    Presidente Abbas, em vez de rever a história, é o momento de você começar a fazer história ao fazer a paz com Israel.

    Sr. Presidente,
    Esta resolução não vai avançar a paz.
    Esta resolução não vai mudar a atual situação. Não vai mudar o fato de que a Autoridade Palestina não tem controle sobre Gaza. Isso é 40 por cento da população que diz representar!
     
    Presidente Abbas, você nem pode visitar quase metade do território do estado que alega representar.
     
    Esse território é controlado pelo Hamas, uma organização reconhecida internacionalmente terrorista que faz chover mísseis contra civis israelenses. Este é o mesmo Hamas que disparou mais de 1.300 foguetes contra o coração de grandes cidades de Israel este mês.
     
    Esta resolução não vai conferir soberania sobre a Autoridade Palestina, que claramente não cumpre os critérios para um Estado.
    Esta resolução não vai permitir à Autoridade Palestina participar de tratados internacionais, organizações ou conferências como um estado.
     
    Esta resolução não pode servir como termos aceitáveis de referência para as negociações de paz com Israel. Porque esta resolução não diz nada sobre as necessidades de segurança de Israel. Ela não incentiva os palestinos a reconhecer Israel como Estado judeu. Ela não exige o fim do conflito e não é uma conclusão de todas as reivindicações.
     
    Deixe-me dizer-lhe o que esta resolução faz.
    Esta resolução viola um compromisso fundamental. Este é um compromisso que muitos dos estados aqui hoje testemunharam. Foi um compromisso que todas as questões pendentes do processo de paz só seriam resolvidas em negociações diretas.
    Esta resolução envia uma mensagem de que a comunidade internacional está disposta a fechar os olhos para acordos de paz. Para o povo de Israel, isso levanta uma pergunta simples: por que continuar a fazer sacrifícios dolorosos para a paz, em troca de pedaços de papel que o outro lado não vai honrar?
     
    Ela fará um acordo de paz negociado menos provável, assim como os palestinos continuam a endurecer as suas posições e a colocar novos obstáculos e pré-condições para negociações e paz.
     
    E, infelizmente, ela vai criar expectativas que não podem ser alcançadas. E isso tem provado ser uma receita para conflitos e instabilidade.
    Há apenas um caminho para um Estado palestino. E esse caminho não atravessa esta assembleia, em Nova York. Essa rota é executada através de negociações diretas entre Jerusalém e Ramallah, negociações que conduzam a uma paz segura e duradoura entre israelenses e palestinos.
     
    Não há atalhos. Não há soluções rápidas. Não há soluções instantâneas. Como o presidente Obama disse em 2010: "A paz não pode ser imposta de fora."
    A verdadeira mensagem desta resolução para o povo de Israel é que a comunidade internacional vai fechar os olhos para as violações desses acordos por parte dos palestinos.
     
    Sr. Presidente,
    Na apresentação desta resolução, a liderança palestina está mais uma vez fazendo a escolha errada.
    Há 65 anos, os palestinos poderiam ter escolhido viver lado-a-lado com o Estado judeu de Israel. Eles poderiam ter optado por aceitar a solução de dois Estados para dois povos. Eles rejeitaram então, e eles estão rejeitando de novo hoje.
    A comunidade internacional não deve incentivar essa rejeição. Deve incentivar os palestinos a entrar em negociações diretas sem condições prévias, a fim de alcançar uma paz histórica em que um Estado palestino desmilitarizado reconheça o Estado judeu.

    Sr. Presidente,
    Winston Churchill disse: "A verdade é incontestável. O pânico pode ressentí-la... a ignorância pode zombá-la ... malícia pode distorcê-la ... mas aí está. "
    A verdade é que Israel quer a paz, e os palestinos estão evitando paz.
    Aqueles que apoiaram a resolução não promoveram a paz. Eles subestimaram a paz.
    A ONU foi fundada para promover a paz. Hoje os palestinos estão virando as costas para a paz. Não deixe a história registrar que hoje a ONU contribuiu para uma marcha da insensatez.
     
    Obrigado, Sr. Presidente.

     
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