O Prêmio Nobel de Química de 2013 foi concedido ao israelense Arieh Warshel (nascido no Kibbutz Sde-Nahum), ao austríaco Martin Karplus e ao sul-africano Michael Levitt.
Os três pesquisadores foram homenageados "pelo desenvolvimento de modelos multiescala para os sistemas químicos complexos", informou o júri.
"Os modelos de computador que espelham a vida real se tornaram cruciais para a maioria dos avanços feitos na química atualmente", justificou, em comunicado, a Real Academia Sueca de Ciências.
Os potentes programas de computador podem ser utilizados para prever processos químicos complexos, fornecendo a engenheiros farmacêuticos e a químicos industriais um caminho mais rápido para resolver problemas.
Estes processos podem ocorrer em uma fração de um milésimo de segundo, derrotando algoritmos convencionais que tentam mapeá-los passo a passo.
A contribuição dos três foi combinar a física clássica com a física quântica em seu modelo. Isto aumenta enormemente o número de permutações de cálculo, embora também exija um computador muito potente para analisar os dados.
"Antes os químicos criavam modelos de moléculas recorrendo a bolas de plástico e bastões. Hoje, a simulação é feita por computador", explica a Real Academia de Ciências em seu comunicado.
"Nos anos 1970, Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel assentaram as bases dos potentes programas utilizados para compreender e prever os processos", ressalta.
"A força dos métodos que Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel desenvolveram é que eles são universais".
Arieh Warshel, que trabalha na Southern California University, nos EUA, explica: "Desenvolvemos um método de olhar para uma proteína e ver como exatamente ela faz o que faz. Isso pode ser usado, por exemplo, para desenhar drogas".