Brasília acaba de ganhar um novo espaço de convivência e lazer, inaugurado pela Embaixada de Israel em parceria com o Jardim Botânico. Israel é o primeiro país a criar seu espaço na Alameda das Nações e dos Estados, localizado ao lado do recém-reformado anfiteatro.
A abertura da praça de Israel - Jardim Bíblico aconteceu com uma cerimônia especial realizada no dia 16 que reuniu o embaixador de Israel Yossi Shelley, autoridades locais, representantes de embaixadas, comunidade judaica, líderes religiosos e alunos de escolas do DF.
As crianças tiveram um papel central nessa celebração. Estudantes do Centro de Ensino Fundamental 11 do Gama, escola que tem parceria com a embaixada, cantaram os hinos de Brasil e Israel. Alunos da Escola Classe do Jardim Botânico apresentaram uma dança típica de Israel.
Para o embaixador de Israel Yossi Shelley este projeto foi feito com coração e investimento. “Inspira educar valores fundamentais como preservar o meio ambiente e a ligação com a natureza, assim como prestar respeito aos valores universais mútuos expressos na bíblia e as nossas profundas ligações culturais com os brasileiros. Esta iniciativa marca a continuidade da relação especial que temos com o povo brasileiro e especialmente com o povo de Brasilia".
O diretor do Jardim Botânico Jeanitto Gentilini, comemorou a aproximação dos países e espera por outros projetos como esse. “É muito gratificante conseguir planejar e realizar este movimento que começou no ano passado. Concluímos este projeto com sucesso, e esperamos que ele motive outras embaixadas a nos procurar para fazermos um belo trabalho”.
A abertura além de representar o fortalecimento da relação entre Brasília e Israel, marca a parceria da Embaixada de Israel com escolas do DF. “A embaixada fez vários contatos de parcerias com as escolas. E estes desdobramentos ficam materializados aqui, com arte de Brasília representando Israel. Além disso, amplia a nossa amizade com Israel”, ressaltou a primeira-dama do DF Márcia Rollemberg.
O Jardim Bíblico é representado por sete espécies de plantas presentes na Bíblia – tamareiras, oliveiras, figueiras, romãzeiras, videiras, trigo e cevada. Mosaicos feitos por diversos artistas israelenses retratam a história secular da Terra Santa. Todas as plantas do jardim são irrigadas pela avançada tecnologia israelense de gotejamento, utilizada principalmente em lugares que sofrem com a escassez de água.
Segundo a artista responsável pelo mosaico da Romã, Denise Filliez, é uma grande emoção participar deste ato histórico de reconhecimento dos laços culturais entre os países, depois de 46 anos morando em Israel. A obra feita por ela simboliza a união do homem e da mulher, na figura de Adão e Eva.
Para Cida Carvalho, a criação da escultura de Romã foi um marco pessoal. Ela se inspirou em uma viagem para Israel para fazer a obra, representando as sete sementes sagradas de Israel e o deserto israelense, além do mosaico que representa as pedras das construções de Jerusalém.
Após a cerimônia de abertura, os presentes acompanharam a apresentação do percussionista e vocalista brasileiro-israelense Joca Perpignan e do violonista Marcelo Rami. Com músicas de samba cantadas em português e hebraico, a dupla apresentou um repertório animado e variado.
O Jardim Bíblico simboliza a cooperação entre Brasil e Israel e o respeito aos ensinamentos da Bíblia no ano dos 70 anos de Israel. Além disso, a inauguração significa uma união para proteger o meio ambiente e valorizar a educação como alterativa para construir um futuro melhor.